Maior e com uma programação mais extensa, a terceira edição do projeto Dança na Pedreira, idealizado pelo coletivo de dança contemporânea votorantinense, O12, começa amanhã e segue até o próximo domingo, dia 16, na pedreira desativada do Jardim Icatu no Parque do Matão, em Votorantim, e no Sesc Sorocaba. Amanhã, a atividade será voltada apenas para os artistas de fora que participarão do projeto. Duas atividades serão apenas para alunos das escolas públicas de Votorantim.
O evento este ano conta com a co-realização do Sesc Sorocaba, apoio do Instituto Itaú Cultural e Águas de Votorantim, além da parceria com a Prefeitura Municipal de Votorantim, por meio das secretarias de Meio Ambiente e Cultura, Turismo e Lazer, e do apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio do Proac (Programa de Apoio a Cultura).
"Como conseguimos uma verba do Proac para este ano, tudo está maior", comemora a artista e integrante do coletivo que, este ano, completa seis anos de atividades, Preta Ribeiro.
Como maior, entenda-se o fato de o evento ocorrer no período de uma semana, com um total de onze atrações, todas gratuitas, como residência artística, workshop, debate e espetáculos, que ocorrerão nas duas cidades e em três espaços diferentes.
A sede do coletivo, o Parque Ecológico do Matão, no Parque Bela Vista, abrigará uma residência artística e também o evento Canja Criativa. No teatro do Sesc Sorocaba, haverá workshop para bailarinos e atores e espetáculo infantil. A pedreira desativada no Jardim Icatu, local escolhido pelo grupo para diversas de suas ações, será o principal palco do evento, com espetáculos de 14 a 16 de março.
"Na verdade, nossa questão é muito trazer o olhar para a Pedreira do Icatu, que é maravilhosa, mas muito abandonado. A intenção é levar as atenções para lá, para que lá seja um lugar de utilização sempre, com movimento artístico. Queremos apontar esse olhar para a Pedreira usando a arte, que é o nosso ofício", defende Preta.
Um olhar para a pedreira
Desde o seu nascimento, em 2011, a intenção do projeto é valorizar os cenários e talentos locais, além de trazer riquezas culturais do Brasil para circular na cidade. E o principal foco, desde o início, é revigorar a pedreira do Jardim Icatu e transformá-la num espaço urbano com usos criativos.
"A Pedreira não tem estrutura nenhuma, nem luz. Manter evento ali sai muito caro. Alugar um gerador é caríssimo, teria que ter banheiro, manter uma grama, o ano passado não tivemos apoio nenhum, não tinha luz e usamos os carros para iluminar", fala Preta, lembrando que na primeira edição do evento levaram uma consultora da ONU especialista em cidades criativas para uma conversa pública. Agora a conversa volta a acontecer, mas desta vez com autoridades políticas da cidade, lideranças comunitárias locais e representantes de instituições como o Sesc Sorocaba, Itaú Cultural e Museu da Língua Portuguesa.
"O objetivo desta conversa pública, intitulada Rumos da Pedreira, é criar uma agenda de ações conjuntas de modo que a prefeitura possa colocar no seu escopo de trabalho a execução de um projeto para o espaço, unindo realizações de infra-estrutura, através da Secretaria de Meio Ambiente, que é responsável pelo espaço, aliada à Secretaria de Cultura, Turismo e Lazer, que poderá vir a rechear o espaço com ações e programações culturais", defende Preta.
Confira a programação completa na página Cultura.
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