Projeto desenvolve plantas para reflorestamento em Capão Bonito

Em Capão Bonito um projeto desenvolve mudas para recuperação de áreas degradadas e arborização urbana. Por ano são produzidas cerca de 36 mil plantas de espécies diversificadas, entre elas plantas nativas, ornamentais e para paisagismo.
A ação faz parte de um projeto da Secretaria de Meio Ambiente da cidade, em parceria com o curso de silvicultura da Faculdade de Tecnologia (Fatec). O trabalho é desenvolvido por estudantes e professores que pesquisas e cultivam as mudas em um viveiro.
Todo o trabalho começa no laboratório da instituição de ensino. No local são feitos testes com as sementes de espécies nativas. Os alunos analisam o processo de germinação para garantir que as mudas vão se desenvolver de forma correta quando cultivadas. De acordo com o professor Samuel Luiz Fiorenze, os testes são necessários para observar se as sementes apresentam germinação em condições normais. “Caso elas não germinem, nós fazemos alguns testes para tentar superar uma possível dormência dessas sementes para fazer com que elas germinem mais rapidamente e de maneira uniforme, tanto aqui [laboratório] como no viveiro”, explica.
O processo no laboratório ainda é importante para a identificação da qualidade de cada uma semente. Para a estudante Roseane Fonseca, o trabalho é um passo para recuperação das florestas. “Eu acho que é essencial para preservarmos e para trabalharmos com a nossa floresta em áreas degradadas”, afirma.
Depois de feitos os experimentos, as sementes que mais se adaptaram são levadas para o viveiro. Testes de luz, com filtros coloridos diferentes também são realizados para saber em quais deles a adaptação é melhor. O crescimento das plantas é acompanhado pelos alunos. O estudante Renato Rodrigues Bueno afirma que o trabalho em campo é importante para conhecer melhor o comportamento das plantas. “Normalmente a gente já aprende a manejar as mudas sabendo o estágio sucessional dela na floresta. Por exemplo, sei que a araucária precisa de sombra nos primeiros dias de vida. Já a aroeira deve ser plantada antes para poder fazer sombra para as próximas espécies que vão entrar no estágio sucessional no futuro na floresta”, comenta.
Depois de ganharem o tempo certo para o replantio, as mudas são destinadas à recuperação de áreas degradadas e arborização urbana. São mais de vinte espécies, entre elas, pau-brasil, ipês, paineiras e aroeiras.
O professor em silvicultura, Ezer Dias de Oliveira, conta que os donos de áreas rurais são os principais alvos para a doação de mudas. “Normalmente o produtor interessado se dirige até a Secretaria de Meio Ambiente e faz a solicitação. O pedido é analisado e encaminhado para nós. Equipes do projeto vão até a área e fazem a orientação sobre o transplantio das mudas, avaliam quais são as espécies e variedades recomendadas para o local”, ressalta.
Os produtores interessados ainda podem ir até a Fatec de Capão Bonito. O endereço é rua Amantino de Oliveira Ramos, 60, no bairro Terras de Embiruçu. (TT)

Nenhum comentário: