Itapevense deixa Flamenco com sotaque brasileiro

É como se um espanhol fosse virtuose do samba no Brasil; só que ao contrário. Fernando De La Rua, brasileiro, natural de Itapeva e há 12 anos radicado em Madrid, é referência do violão flamenco. O diferencial é que mescla harmonia de elementos musicais brasileiros com gêneros flamencos. E o resultado do trabalho e da pesquisa de mais de 20 anos do músico, o álbum "Nuances" (com oito composições próprias), será lançado no próximo domingo, dia 27, às 20h na Sala Tablado Flamenco, que também inaugura um novo espaço para shows e apresentações da cultura espanhola. No show que realizará em Sorocaba, De La Rua será acompanhado pela dança da bailarina de flamenco Yara Castro, que ministrará, durante a tarde do domingo, workshops de dança flamenca.

"Nuances" foi gravado na Espanha e no Brasil e traz exatamente a vivência do artista brasileiro em meio às diferenças e semelhanças desses dois povos. Ainda há vagas para o workshop e ingressos para o show.

"Tento colocar elementos brasileiros, trabalho harmonia brasileira, dentro desses gêneros flamencos. Mas foi algo que provei bastante, vivenciei nesses anos de estrada. Acredito que no disco é possível sentir isso de forma bem clara e natural", explica o músico, que desde a infância transita entre as culturas dos dois países. Filho de um espanhol que veio para o Brasil ainda jovem, De La Rua conta que mesmo vivendo entre esses dois mundos, foi apenas na juventude que começou a se interessar pela cultura e linguagem flamenca. "Comecei a entender o que é a cultura espanhola e me interessou a linguagem flamenca. Foi aí que comecei a pesquisa. Foi em 1988 que me defini no mundo flamenco", conta ele. Mas a paixão pela cultura espanhola em nenhum momento superou as referências culturais da sua própria nacionalidade. Mesmo seu trabalho tendo como foco específico o violão flamenco. "Desenvolvi uma linguagem musical flamenca com muito caráter brasileiro. Meu trabalho é flamenco, minha atitude é flamenco, mas antes toquei música brasileira, então a fusão é natural, é o encontro dessas linguagens", defende ele.

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