Uma equipe de restauradores profissionais está trabalhando na
recuperação do Centro Cultural e Histórico de Itapetininga “Basílio Ayres
Aguirre”, prédio histórico que já abrigou a antiga Cadeia, o Paço Municipal e a
Câmara Municipal. O processo está sendo feito pela empresa Engesaki Construtora
e Engenharia e restauradores do Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial-SENAI.
“O objetivo dessa obra, além de recuperar fisicamente o Centro
Cultural e Histórico, dentro das normas técnicas internacionais, é trazer
também essa discussão da importância da preservação do meio ambiente cultural ,
que é o patrimônio histórico”, explica o Professor Júlio Barros, restaurador
Senai- Sorocaba, membro do Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico,
responsável pela obra do Centro Cultural e Histórico de Itapetininga.
Segundo Barros, a proposta de intervenção no Centro Cultural é
de restauração e preservação e não de reforma, mesmo porque é um trabalho que
depende de muito estudo e é feito cautelosamente.
Júlio Barros, frisa ainda a importância de se preservar nos
tempos atuais. “A tecnologia aplicada no Centro Cultural é importante para
entendermos a história de Itapetininga, se nós viermos aqui e fizermos uma
reforma, esquecermos esse legado histórico do nosso passado, nós passamos a ser
uma comunidade capenga. Tudo aqui que está edificado no Centro Cultural,
pertence ao município. Mas intelectualmente toda tecnologia, todo estudo,
pensamento, que está registrado aqui, pertence ao planeta, é direito difuso,
pertence a todos”, finalizou.
O Secretário de Cultura e Turismo de Itapetininga, Marcos Terra,
afirma que a intenção não é apenas manter as características originais, como
também recuperar muitas coisas que foram danificadas, devido as reformas
ocorridas sem o mesmo cuidado de hoje e a reformas mal planejadas.
Conforme o secretário, as obras serão dividas em três fases. A
primeira, que já teve início em setembro e deve ser concluída em três meses, será a
reforma do telhado, piso superior e as paredes de taipa de diversas salas. O
secretário conta que “a madeira usada originalmente é de excelente qualidade,
mas as utilizadas nas reformas posteriores eram de baixa qualidade, pegaram
cupim e comprometeu grande parte do prédio”.
As duas fases seguintes do projeto deverão contemplar a fachada
do espaço e uma readequação do seu uso. “Em reformas passadas, simplesmente
foram rebocando” as paredes com cimento
e dando mãos de tinta, o que é errado para um prédio construído
de taipa. Em cidades grandes, vemos muito cuidado com prédios históricos e
temos que fazer o mesmo com o nosso Centro Cultural. O trabalho mais importante é
o de conservação, não de reparo”, completa o Marcos Terra.
Ao todo, serão investidos R$ 309.922,99 para a execução da
restauração.
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