Mais do que discussões sobre desenvolvimento e sustentabilidade, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começa amanhã e segue até o dia 22, também será palco para manifestações e apresentações artísticas. Um dos grupos convidados para se apresentar durante todos os dias no evento é o sorocabano Maracatu Leão da Vila, projeto que há seis anos acontece no Centro Cultural Quilombinho, dentro da comunidade da Vila Leão.De acordo com Ramon Vieira, que deu início ao grupo em 2006, o convite foi recebido através do ator Paulo Betti. "Uma honra poder estar em um lugar em que tantas pessoas de diversos países participam. É uma janela, um espaço para gente mostrar esse nosso trabalho que não é somente um trabalho, mas uma tradição que a gente leva", esclarece Ramon, lembrando que a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, estará presente na apresentação. Nas apresentações, os sorocabanos não mostrarão ao mundo apenas a tradição do maracatu, mas também sambas de roda, ciranda, além de divulgarem o CD lançado no ano passado.
O que chateia o músico e pesquisador nessa história toda da viagem é apenas o fato de o grupo todo não poder participar, por não terem conseguido verba suficiente para acomodação de todos. "Somos em cerca de 30 pessoas mas só 12 irão ao Rio de Janeiro participar do evento", conta.
A ideia com o maracatu Leão da Vila é dar continuidade ao trabalho iniciado por Raquel Trindade, que trouxe o maracatu pernambucano, mas ao mesmo tempo instaurou o maracatu tradicional paulista. "Essa é a nossa ideia, de continuar esse trabalho iniciado lá em Embu, onde fica o primeiro maracatu paulista, que tem mais de 50 anos", reforça.
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